sexta-feira, 24 de junho de 2011

Nederburg Shiraz 2009


Exemplar de Syrah (ou Shiraz, como queiram) sul-africano produzido por uma das marcas da Distell, gigante do ramo do vinho no país. Se seguiu o exemplo de elaboração da safra anterior, o vinho foi elaborado com uvas de 4 terroirs diferentes (Paarl, Durbanville, Philadelphia e Stellenbosch) e passou entre 12 e 18 meses em barricas novas, de 2o e 3o uso, francesas, americanas e do leste europeu, após fermentação maloláctica completa.

Degustação:
Vermelho-violáceo intenso, límpido e brilhante.

Intensidade média, com aquela fruta vermelha bem adocicada, e algo de especiaria perceptível. Tostado remetendo a borracha queimada.

Corpo médio, acidez correta, álcool sobressai um pouco, precisa arrefecer. Pouca estrutura de taninos, persistência curta/média (6-7 segundos), com retro-olfato ressaltando um aroma tostado. Algum amargor.

Acho que o aroma "queimado" de forma exacerbada acaba matando este vinho. Na verdade, é uma característica percebi ser bem comum em vinhos tintos sul-africanos mais baratos. Fora isso, e para quem gosta, fácil de beber, mas sem nenhum atrativo. Não me deu vontade de repetir.

Nederburg Shiraz 2009
Região:
Paarl/Durbanville/Philadelphia/Stellenbosch - África do Sul

Produtor: Nederburg
Importador:
Casa Flora
Teor alcoólico: 14,5%
Casta(s):
Shiraz

Preço:
aprox. R$ 35,00

6 comentários:

  1. Suspiro, para diminuir a probabilidade desse tipo de decepção, já estou evitando qualquer vinho do novo mundo com mais de 13.5% de álcool...

    ResponderExcluir
  2. Olá Oswaldo!

    Acho que nem tanto ao céu, nem ao inferno meu caro.

    Já bebi grandes vinhos do novo mundo com 14,5% e até assustadores 15%. Mas precisa ter estrutura fenólica e acidez, pra segurar a barra do álcool. Fora isso, o álcool ajuda na longevidade.

    Dois exemplos são o Engelbrecht Els 2007, que é justamente da África do Sul e tem 15%.

    E o Don Melchor 2005, um ícone chileno que dispensa apresentações, é que é um puta vinho com seus 14,5%.

    Ambos postados aqui no blog, se quiser conferir minhas impressões!

    Abraço!

    ResponderExcluir
  3. Naturalmente, tem muito vinho bem feito que nao corresponde ao meu paladar, e duvido muito que esses correspondam. Não conheco o Engelbrecht Els. Concordo que os Almavivas e Don Melchors tem estrutura fenólica para aguentar o alcool. Minha queixa aí seria a falta do que poderia se chamar tipicidade Chilena (o que, alias, pode ser uma bencão), pois ambos me parecem excelentes cópias de finos cabernets franceses. Abraços!

    ResponderExcluir
  4. paga 20/30 conto no vinho e quer ficar enchendo o saco

    ResponderExcluir
  5. PQP, que comentário de fdp......cara nunca nem viu um almaviva na frente q quer falar de tipicidade chilena....é de fuder

    ResponderExcluir